A salvação segundo Francisco

Papa Francisco e a comunidade

«O Senhor não nos salva com uma carta, com um decreto, mas  salvou-nos» e continua a salvar-nos com o «seu amor», restituindo aos homens «dignidade e esperança». Na habitual missa da manhã, celebrada na capela da Domus Sanctae Marthae na quarta-feira 10 de Abril, o Papa Francisco falou sobre a salvação cristã, ilustrando o seu significado mais autêntico: o amor de Deus que através do seu Filho unigénito «se fez um de nós, caminhou connosco».

De facto, ao comentar a oração da colecta, o Pontífice realçou que na primeira oração da missa praticamente foi dito ao Senhor: «Tu na Páscoa fizeste duas coisas: restabeleceste o homem na sua dignidade perdida». E, consequentemente, «deste-lhe a esperança». Esta – explicou  –  «é a salvação. O Senhor dá-nos a dignidade que perdemos. A dignidade de filhos restabelece a dignidade e também nos dá  a esperança. Uma dignidade que progride, até ao encontro definitivo com ele. Este é o caminho da salvação, e isto é bonito:  só o amor o pode fazer. Somos dignos, somos mulheres e homens de esperança».

Todavia, acontece que às vezes «queremos salvar-nos  a nós mesmos e pensamos que conseguimos. «Eu salvo-me a mim mesmo!». Não o dizemos mas na vida  fazemo-lo». Por exemplo, quando pensamos: «Salvo-me com o dinheiro. Tenho a certeza, tenho dinheiro, não há problemas… tenho dignidade: a dignidade de uma pessoa rica». Mas – advertiu o Papa Francisco – tudo isto «não basta. Pensemos na parábola do Evangelho, daquele homem que tinha o celeiro cheio e disse: “farei outro, para ter mais e depois dormirei tranquilo”. E o Senhor respondeu-lhe: “Tolo! Esta noite morrerás”. Aquela salvação  é falsa,  provisória e aparente», como as vezes que nos iludimos que «nos salvamos com a vaidade, com o orgulho»,  crendo-nos «poderosos», mascarando «a nossa pobreza, os nossos pecados com a vaidade e o orgulho»:  coisas que acabam, enquanto  a salvação verdadeira se relaciona com  a dignidade   e a esperança recebidas graças ao amor de Deus – acrescentou referindo-se ao trecho do Evangelho de João (3, 16-21) acabado de  proclamar – que enviou o seu Filho para nos salvar.

Eis então o convite do Papa a realizar um «acto de fé» dizendo: «Senhor, eu creio. Creio no teu amor. Creio que o teu amor me salvou. Creio que o teu amor me deu aquela dignidade que não tinha. Creio que o teu amor me dá a esperança». Então é «bom  acreditar no amor», porque «esta é a verdade. É a verdade da nossa vida».

Uma exortação a acreditar no amor de Deus mais uma vez repetida pelo Pontífice no final da homilia,  para abrir «o coração a fim de que este amor venha, nos encha e nos estimule a amar os outros».

Celebraram juntamente com o Santo Padre, entre outros, os cardeais Angelo Sodano, decano do Colégio cardinalício, e Angelo Comastri, presidente da Fábrica de São Pedro; o arcebispo Mario Aurelio Poli – nomeado pelo Papa Bergoglio seu sucessor directo na sede de Buenos Aires –  o bispo Vittorio Lanzani, delegado da Fábrica de São Pedro, e o agostiniano Mario Bettero, pároco da basílica vaticana. Entre os presentes: o ministro do Interior do Governo italiano, Anna Maria Cancellieri, com alguns familiares, as religiosas de Santa Marta que prestam serviço na residência do cardeal decano, um grupo de religiosas da ordem do Santíssimo Salvador de Santa Brígida, com a superiora-geral Tekla Famiglietti, e funcionários da Fábrica de São Pedro.

2013-04-10 L’Osservatore Romano

Fonte: Portal de Notícias do Vaticano (www.news.va)

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